sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MACARRÃO DE PANELA DE PRESSÃO


ESTA É UMA RECEITA BEM FÁCIL, PRA SE FAZER NAQUELES DIAS DE PREGUIÇA, MUITA FOME E POUCO TEMPO. VALE Á PENA!

1 PACOTE DE MACARRÃO PARAFUSO OU PENNE
1 LATA DE CREME DE LEITE
1 LATA DE MOLHO DE TOMATE
1 LATA DE ATUM OU UM POUCO DE CARNE MOÍDA REFOGADA OU FRANGO DESFIADO
1 CEBOLA PICADA
3 DENTES DE ALHO
1 LATA DE MILHO VERDE
SALSINHA E ORÉGANO
2 MANDIOQUINHAS PICADAS ( OPCIONAL )
1 CENOURA PICADA (OPCIONAL )
SAL A GOSTO
5 MEDIDAS DA LATA DE MOLHO COM ÁGUA FERVENTE


COLOQUE A ÁGUA PRA FERVER, ENQUANTO ISSO COLOQUE TODOS OS INGREDIENTES NUMA PANELA DE PRESSÃO E MEXA. QUANDO A ÁGUA FERVER DESPEJE DENTRO E MISTURE. EXPERIMENTE SE ESTÁ BOM DE SAL. TAMPE A PANELA E ESPERE PEGAR PRESSÃO. QUANDO COMEÇAR A CHIAR VC CONTA 6 MINUTOS E DESLIGA!
LOGO QUE VC TIRA DA PANELA FICA BEM MOLHADINHO, COMO UMA SOPA, MAS LOGO VAI SECANDO.
VC PODE ACRESCENTAR PEDAÇOS DE QUEIJO E QUEIJO RALADO. vC PODE TAMBÉM LEVAR AO FORNO PRA GRATINAR.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

BOLO DE FUBÁ CREMOSO


Aproveitando a época das festas juninas e julinas é sempre bom ter à mão uma receitinha bem fácil de bolo de fubá.

BOLO DE FUBÁ CREMOSO

3 OVOS
4 XÍCARAS DE LEITE
1 XÍCARA NÃO CHEIA DE ÓLEO
2 XÍCARAS DE FUBÁ
2 COLHERES DE FARINHA DE TRIGO
2 XÍCARAS DE AÇUCAR
1 PACOTE DE QUEIJO RALADO DE 50 GR.
1 PACOTE DE COCO RALADO DE 50 GR
1 COLHER DE FERMENTO EM PÓ

BATER TUDO NO LIQUIDIFICADOR E DESPEJAR NUMA FORMA UNTADA E ENFARINHADA, FORNO MÉDIO, PRÉ-AQUECIDO POR UNS 35 MINUTOS ( DEPENDENDO DE CADA FORNO)

terça-feira, 29 de março de 2011

MINI CONTO

No ponto de õnibus

Mãe, lua-de-mel é legal?
É sim, eles viajam, conhecem lugares diferentes e fazem uma porção de coisas novas.


Suzi

quinta-feira, 24 de março de 2011

STROGONOFE VEGETARIANO


EU JÁ TINHA FEITO UMA VEZ COM SOJA, MAS NÃO GOSTEI, AGORA ESTE, FICOU MUITO BOM. VALE A PENA!

ESTROGONOFE DE VEGETAIS

1 BERINGELA GRANDE
2 ABOBRINHAS
2 TOMATES MADUROS PICADOS
1 CEBOLA PICADA
3 DENTES DE ALHO AMASSADOS
1 LATA DE CREME DE LEITE
SALSINHA PICADA
CHAMPIGNON ( SE TIVER )

SAL A GOSTO
CORTE A BERINGELA E A ABOBRINHA EM CUBOS MÉDIOS. REFOGUE O ALHO E EM SEGUIDA A CEBOLA. ACRESCENTE OS TOMATES E DEIXE MURCHAR ( QUE PALAVRINHA ESQUISITA ). COLOQUE OS LEGUMES EM CUBOS E UM POUCO DE ÁGUA (1 COPO AMERICANO). SE TIVER CHAMPIGNON TAMBÉM FICA BOM. DEIXE COZINHAR POR ALGUM TEMPO, ATÉ QUE ESTEJAM MACIOS.
DESLIGUE O FOGO E ACRESCENTE O CREME DE LEITE, DEPOIS VC PODE RELIGAR O FOGO PRA DAR UMA ENGROSSADA NO CREME.
SIRVA COM ARROZ , BATATA PALHA E UMA BOA SALADA VERDE
BON APETIT!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

ALMÔNDEGA DE SOJA


Aqui em casa agora são dois vegetarianos, o Binho e a Nãna. Eu ainda estou penando um pouco e sinto aquela vontade de comer um bifinho umas duas vezes por semana. Enquanto isso vou tentando ser criativa com os vegetais e com a soja, que diga-se de passagem, se vc não souber melhorar o seu sabor , é um horror. As vezes faço estas almondegas, eles adoram e até ficam disputando quantas serão pra cada um. Não dá pra fazer direto por causa da fritura, mas fica bem gostosinho, nem parece que não tem carne moída.

ALMÔNDEGAS DE SOJA

2 XÍCARAS DE PROTEÍNA DE SOJA TEXTURIZADA PVT
1 OVO
1 CEBOLA PICADINHA
2 DENTES DE ALHO AMASSADOS
AZEITONAS PICADAS
SALSINHA PICADA
1 PACOTE DE QUEIJO RALADO
1 XÍCARA DE FARELO DE AVEIA OU 1 PÃOZINHO ( SE USAR O PÃO, COLOQUE-O DE MOLHO DENTRO DA ÁGUA ATÉ AMOLECER, DEPOIS ESPREMA TODA A ÁGUA PARA MISTURÁ-LO AOS DEMAIS INGREDIENTES)
SAL A GOSTO
Misture todos os ingredientes até virar uma mistura que vc consiga formar bolinhas.Se não conseguir coloque um pouquinho de farinha de trigo.
Passe as bolinhas na farinha de rosca e frite em óleo quente.
Pode-se comer só assim ou vc pode fazer um molho de tomate e por as almôndegas dentro.

BLOG ABANDONADO

Poxa, nunca mais tive um tempinho pra me dedicar a meu próprio blog. Sempre tão envolvida com outras coisas e outros blogs que o meu mesmo vai ficando de lado e agora ainda tem o facebook do Sarau do Binho que exige muitos cuidados de minha parte. O Binho passa bem longe destas invencionices, não sabe nem como funciona, seu negócio é ter ideias maluquinhas e agora tá estudando um médico Coreano que tem a cura pra todos os males. O que importa é que ele acredita e que tá lhe fazendo bem, só queimou duas resistências de chuveiro com seus banhos alternados, mas sendo que é pra remédio, vale á pena.

domingo, 19 de setembro de 2010

BOLO DE MAÇÃ COM AÇUCAR MASCAVO


Peguei esta receita no verso da embalagem de açucar mascavo, fiz algumas modificações e ficou muito bom.

Ingredientes:

2 ovos
2 xícaras de açucar mascavo
1 xícaras de óleo
1/2 xícara de leite ou suco de laranja
ou suco de laranja
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de aveia
1 colher de fermento
1 colher de chocolate em pó
1 colher de canela em pó
2 maçãs picadas
um punhado de uvas passas sem sementes
castanhas picadas ( se tiver )

Bater no liquidificador, os ovos, os leite ou suco e o açucar.
Misture numa vasilha, a farinha, o chocolate, a canela, o fermento. Despeje o líquido e misture tudo. Acrescente a maçã a uva passa e a castanha.
Leve ao forno pré-aquecido em forma de buraco , untada e polvilhada.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

AFLIÇÃO DE IDENTIDADE

Pedi ao meu amigo Shidon Soares um belo texto seu sobre o tema "Identidade", que tem muito a ver com o que tenho vivido como recenseadora do IBGE.

AFLIÇÃO DE IDENTIDADE ( SHIDON SOARES)

Reflexão: o indicador de identidade de um indivíduo é a cor de sua pele.
Um homem é negro, branco, vermelho, amarelo.
Estas são as quatro etnias da Raça Humana.
Em meu registro de nascimento está escrito: Cor: parda.
Por si só, a palavra é ilegal, imoral, mentirosa e ausente de si mesma,
Tal como um homem não ter consciência da cor que carrega,
Do nascer ao morrer e depois, uma vez que sua herança será deixada na cor.
Tal palavra sequer existe no dicionário de mais de quatrocentas mil palavras da Língua Portuguesa.

Qual é a minha cor afinal?
Sou negro ou sou branco?
Identidade:qualidade de idêntico, união com igual e por consequência
identificação com o que determina a identidade (Cor: parda? -interrogação-)
e por extensão conhecimento de uma coisa ou de outro indivíduo como os próprios, ou seja:
reconhecer-se, irmanar-se com o outro da mesma linhagem étnica.
Identidade parda: a qualificação (ou antes, a desqualificação) do indivíduo dentro de uma
caixa lacrada: Cor parda. Este o peso e a gravidade da inexistente e no entanto tão marcante
e carregada palavra de clara intenção separativa.
Se é para qualificar e determinar no indivíduo a idéia de identidade pela cor, porque não
então a cor marron como descritivo da tonalidade de pele?
Se é por questão de cor, então que me chamem de Marron, sim, por que é isto, somos
uma nação , um povo, um reino de seres marrons, de todos os matizes, tons, assim
como nos negros, vermelhos, amarelos e brancos.
Qual a cor dela? Branca igual leite.
E ele? Negro de ébano.
E ela? Amarelo pastel.
E a dele? Vermelho cobre.
E a cor dela? Marron chocolate.
Tão simples e sem o ranço da estúpida discriminação.
Porque é assim que vejo: clara e despudorada discriminação imposta
a toda uma etnia que vai estar presente pelos séculos sobre a face da terra, Os Marrons.

Identidade: Cor: parda. Consciência: sou negro ou sou branco?
Qual é a minha identidade, entre quais iguais sou igual?
Sou negro ou sou branco?
Sou lobo ou sou homem?
Sou mago ou charlatão?
Vou pedir um minuto de silêncio para me concentrar e dar uma resposta.
...
Mas, como já disse NSN, um minuto de silêncio é muito tempo
Já tenho a resposta e é uma pergunta:
-Cada um aqui sabe qual a sua cor?
Posso perguntar?
Todos provavelmente terão uma resposta exata,
Seja ela negro, amarelo, branco ou vermelho.
Mas a minha outra resposta ficará em branco,
Cravada dentro de um quadro negro,
Uma incógnita.

Que contradição viver assim. Identidade:cor:parda.
Mas esta é a vida e se chorar leva mais.
Menos que chorar vou olhar e conferir:
De noite todos os gatos são pardos.
É dia pleno e eu vejo tudo pardo.
E à luz do sol paro diante do espelho e me encaro:
Indicador de identidade dentro da sociedade: cor: parda.
Identidade: para aqueles que algum dia porventura se perguntaram:
-Afinal, a que grupo étnico pertenço dentro da Raça Humana?

(Só não vale fazer que nem o Ronaldo Fenômeno, que tem a certeza argentina de ser branco).

A FALTA DE SENSO DO CENSO

Estou trabalhando há alguns dias como recenseadora do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Tem sido uma experiência bastante interessante.
Algumas coisas têm me chamado muito a atenção, uma delas é o fato de que quase ninguém se declara negro, todos se dizem pardos. Eu não posso influenciar na resposta da pessoa, vejo claramente suas características negras mas tenho que colocar o que a pessoa diz. Alguns, quando se dizem negros, completam depois dizendo assim: " mas meus filhos já são mais brancos"; Como se quisessem amenizar a situação.
A pergunta que é feita pelo questionário do IBGE é a seguinte:
A sua cor ou raça é:
-branca
-preta
-amarela
-parda
-indígena
Não entendi ainda esta história de cor preta, alguém pode me ajudar? É correto ainda dizer "raça"? A raça não é a humana e ponto????
Li no blog do Augusto (http://www.oooaugusto.blogspot.com)ele contando como foi o recenseamento na sua casa. Ele resolveu dizer que era de raça indígena e neste caso abre uma opção - qual a sua etnia? - Ele respondeu que era da tribo dos " Kukukaya". É claro que a moça não encontrou esta etnia , mas deve ter ficado com a pulga atrás da orelha. Só o Augusto mesmo, ele é muito engraçado.
Mas não é só isso que me chama a atenção não. Me impressiona ver a quantidade de pessoas que vivem na miséria, famílias com 8 pessoas sobrevivendo com um salário mínimo de algum deles. Famílias enormes que vivem em dois cômodos e outras pouquíssimas de três ou quatro pessoas que vivem em casas com 3 ou 4 banheiros, onde todos trabalham ganhando acima de 1.500,00 reais.
Estive numa casa onde tinha um homem no muro que gritava com todo mundo que passava na rua. Sua irmã veio me receber e percebi que ele não era o único louco da casa. Era tudo uma loucura...
Uma das crianças ( eram várias) abriu o portão pra sair e o homem aproveitou e escapuliu. A irmã saiu batendo nele, mandando entrar senão ele ía apanhar mais e ela ía chamar a polícia. Ele sentou no chão e começou a gritar.Eu lhe estendi minha mão e disse- Vem que eu te ajudo a entrar-. Ele me olhou nos olhos, foi se acalmando e perguntou se eu entraria com ele. Eu disse que sim.
Ele se levantou, segurou firme na minha mão e foi entrando. Prendeu a outra mão no portão e falou - então entra comigo. Eu entrei e ele veio atrás. Pedi que ele se sentasse na escada e fui fazendo as perguntas do censo pra ele e ele tentando me responder do seu jeito.
A irmã disse: " Pensa que é fácil"?

Tenho ouvido histórias de vida muito interessantes, vendo situações que me fazem dar valor a tudo que tenho e parado de reclamar de barriga cheia.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

UM BOM VÍDEO

Peguei no blog do Peu www.okinografo.blogspot.com, um ótimo blog pra quem curte cinema, curtas, documentários etc.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Merengue de morango


Vamos aproveitar a safra e o bom preço pra fazer várias coisas com o morango. Que delícia!
Essa receita eu dedico a minha amiga Joana, que agora está no México.

Merengue de morango

5 caixas de morango
2 embalagens de 200ml de creme de leite para chantily ( Vigor ou Amélia)
400 gr de suspiro ( é preciso que seja de boa qualidade, do contrário não fica muito bom. Pode ser aqueles que vendem em padaria ).

Limpe e lave bem os morangos. Separe uns mais bonitinhos pra enfeitar e pique o restante.
Bata o creme de leite gelado por alguns minutos até que tenha consistência de chantily
Bata no liquidificador alguns morangos com um pouquinho de água.
Escolha uma travessa de vidro e faça camadas intercalando o chantily, o morango e o suspiro, sendo que a calda vc coloca entre eles e a última camada de chantily.
Decore por cima com os morangos bonitinhos e alguns suspiros.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

UMA HOMENAGEM AO SABÃO, O CACHORRO DO MUTCHO

MORREU NESTA QUARTA-FEIRA 23-06 O SABÃO. ELE ERA O CÃOPANHEIRO DO MEU AMIGO MUTCHO.FAÇO IDEIA DE COMO O MUTCHO ESTÁ SE SENTINDO, ELE DISSE: "ENTERREI HOJE MEU MELHOR AMIGO".
O SABÃO LHE FAZIA COMPANHIA HÁ UNS BONS ANOS. ERA UM CÃO DÓCIL, AMIGÁVEL, VIVIA POR ALI, NO JARDIM HELGA, NA CASA DOS VIZINHOS, ACOMPANHANDO AS CRIANÇAS,ESCORREGANDO NO MEIO DOS LIVROS, AFAGANDO OS DIAS SOLITÁRIOS DO MUTCHO E COMPONDO A MAGNÍFACA DECORAÇÃO DO BAR.
O MUTCHO ACHA QUE ELE FOI ENVENENADO. EU PREFIRO ACREDITAR QUE ELE COMEU VENENO EM ALGUM LUGAR, PREFIRO NÃO ACREDITAR QUE ALGUÉM TENHA CORAGEM DE TAMANHA MALDADE.
EU TAMBÉM TENHO UMA CADELA DE ESTIMAÇÃO, SEU NOME É MEL, ME DÁ ALGUM TRABALHO, PRINCIPALMENTE QUANDO PRECISAMOS VIAJAR, MAS É UMA GRANDE COMPANHEIRA E VOU SENTIR MUITO QUANDO ELA MORRER.
AQUI ESTÃO ALGUMAS FOTOS DO SABÃO NO MEIO DOS LIVROS, AJUDANDO NA BICICLOTECA.









terça-feira, 22 de junho de 2010

SOBRE FACAS E PANELAS

Panelas do coração

Os cozinheiros se dividem em duas espécies. Aqueles que num incêndio salvariam suas facas e os que salvariam suas panelas. Acho que se esqueceram da terceira espécie, os que se matariam pelos dois. Reflitam. Quem são vocês?
Já me fiz a pergunta. Eu correria com minhas quatro panelas, todas com vinte e cinco anos de luta. Como elmos prateados de uma batalha espinhosa e não poucas vezes prazerosa. São panelas que uso quando cozinho sozinha para alguém que gosto. Lá descem elas do armário. São de aço brilhante, italianas e indestrutíveis. Panelas sérias para um métier sério.
A frigideira, uma panela bem alta para macarrão, uma comum, média, e outra de duas asinhas laterais, baixa, que dá até para uma pequena paella. Os cabos não esquentam, por mais que sejam aquecidos, a comida não gruda no fundo, não são pesadas demais, facílimas de lavar. Irradiam o calor por igual.
E eu sei a marca? Só me lembro que ao ver a nota, da Hammacher Schlemmer, Nova Iorque, houve choro e ranger de dentes. “Poderíamos ter ficado num hotel 5 estrelas e não neste muquifo com cozinha para você exibir este panelório!” Mal se sabia que durariam um quarto de século ou mais.
Vocês viram aquele filme, Hannibal? Ou leram o livro? São a sequência ao Silêncio dos Inocentes, pequena obra prima. O monstro canibal escapa da prisão e é quase impossível traçar sua trajetória.Como descobrir em que parte do mundo se escondera aquela peste? Muita inteligência do mal, fugas alucinantes, amor ao perigo. Mas um dos detetives sabia que ele gostava de cozinhar depois que lhe fizera uma pequena confissão (Comi o fígado dele com favas e um bom Chianti.)
Gostava só de coisas boas. O detetive começou a pesquisar os clientes mais assíduos das lojas de cozinha e descobriu os traços do bandido através desta loja americana de nome estranho que vende os melhores utensílios do mundo.O malvado não resistia a uma boa faca, ou panelinha no jeito.Deve ter feito a compra, apaixonado por alguma panela jeitosa, com cartão de crédito, endereço e telefone.
E tínhamos na família a panela na qual minha mãe fazia o bacalhau. Panelas como aquela acontecem nas melhores famílias. Feia, desengonçada, daquelas finas que logo se amassam, o cabo que queima se não se presta muita atenção, e que mora debaixo da pia para não causar má impressão às visitas. Bom, algum incauto deve ter jogado fora a bichinha. Com ela foi-se o bacalhau. Tinha a espessura exata para que o pão que a forrava ficasse queimado sem exageros, bebendo o excesso de azeite. As batatas cozinhavam juntas, em camadas, sem problemas. O tomate se misturava à cebola quase sem deixar vestígios, só mesmo a cor e o gosto. Carentes da panela sumida as nossas sextas feiras santas perderam a santidade única e úmida daquele bacalhau.
Já facas são questão de simpatia cortante. Você tem que olhar a faca e se sentir atraído.E a faca prolonga a mão, logo tem que estar em perfeita sintonia com ela. Multiuso. Corta, descasca, pica, separa, lacera, raspa, golpeia, fura, escama, serra. Preste atenção, qualquer ação na cozinha se torna um desespero sem boas facas afiadas. E aquela pequenina que tem a lâmina curva? Ela se aninha na mão pequena e obedece para descascar uma laranja com o mínimo de elegância, faz bifes razoáveis, pode desossar uma galinha sem causar vergonha, com a ponta extirpa excrescências de um osso, é capaz até de furar a extremidade de um ovo quente.
Há facas para todos os gostos, é claro, mas é muito difícil que você se apaixone por várias facas a um só tempo. É um instrumento monogâmico. Já a panela...
NINA HORTA
É COZINHEIRA, ESCRITORA E PROPRIETÁRIA DO BUFÊ GINGER. É AUTORA DO LIVRO NÃO É SOPA (UMA MISTURA SABOROSA DE CRÔNICAS E RECEITAS) E VAMOS COMER, COM 250 MIL EXEMPLARES DISTRIBUÍDOS PELO MEC PARA ESCOLAS PÚBLICAS DE TODO O Brasil


Recebi do meu amigo Valter esta gostosa crônica de Nina Horta. Eu também tenho cá as minhas preferências. Sempre que vou a algum lugar onde pretendo cozinhar saio carregando minhas tranqueiras de cozinha, as panelas adequadas ao que vou preparar, as travessas, e também facas. Detesto chegar numa cozinha e não encontrar as coisas que preciso. Como cozinhar macarrão pra várias pessoas numa panela delicadinha? Macarrão pede uma panela mãe,daquelas mães italianas de preferência. E depois de pronto pede uma bonita travessa pra que o molho possa se exibir.
As facas, estas eu não gosto das grandes. Prefiro as menores, até mesmo as de serra, me sinto mais íntima e mais confiante, mas tenho uma grande pra cortar as folhas de verdura, cortar carne e o que mais for necessário, nunca se sabe.
Quando viajo com a Expedicion Donde Miras levo todos os meus apetrechos de cozinha que é pra não ficar na mão. Já cheguei a fazer comida pra umas 50 pessoas e pra mim é uma grande realização. É como ter aquela família grande , cheia de filhos, cheia de "ranhetices", um gosta mais salgado, o outro sem cebola, o outro sem vinagre, aquele come demais e o outro não se lembra de comer, enfim , tudo que tem numa grande família. Aliás, muitos me chamam de Dona Nenê, porque dizem que me pareço com a Marieta Severo da grande família, o que no fundo era o que eu queria ter.
Falei demais. Aí vai a crônica.

sábado, 19 de junho de 2010

A SABEDORIA DOS MAIS VELHOS

Esta semana vivi duas experiências muito especiais. Na quinta, 17-06, estive no sarau da Vila Fundão, onde pude participar de um bate-papo com algumas mulheres incríveis sobre suas participações nos movimentos socias. Com mediação de Diane padial, minha cunhada a quem admiro profundamente e a quem devo muitos ensinamentos, Rita da casa de Cultura da M`Boi Mirim, Fabiana do Maria-Mariá,dona Neide da União popular de Mulheres com uma história de vida de muita luta por seus direitos e pelos direitos de sua comunidade e dona Raquel Trindade, mulher maravilhosa que muito tem feito pela cultura popular.
Sempre me encantou ouvir as histórias que as pessoas mais velhas têm pra nos contar, são coisas lindas, importantes e de muita sensibilidade. A Dona Neide contou coisas sobre a época da ditadura que eu nunca imaginei. Meu pai tem 73 anos, moramos no Campo Limpo desde 1970. Eu já lhe perguntei algumas vezes o que ele se lembrava da época da ditadura e ele me disse que para ele não teve importância, não influenciou em nada na sua pacata vida. Então ouço as histórias de D. Neide sobre o período mais pesado da ditadura, nos anos 70, quando moradores do Campo Limpo, ativistas políticos ou não, foram perseguidos, torturados e mortos; de pessoas que ajudaram muito, dentre elas alguns padres e freiras, das crianças que sua família ajudou a esconder pra que não presenciassem seus pais sendo torturados. E eu, na minha ignorância, achando que no Campo Limpo isso tinha passado bem longe.
Depois veio dona Raquel, com tantas histórias, com tanta lucidez nos pensamentos e na fala, com tanta beleza e alegria que deixam qualquer um com vontade de ter uma avó assim. Eu disse pro Zinho: " Se eu tivesse uma avó como a sua não quereria sair do seu colo, só ouvindo suas histórias". Foi maravilhoso!
Na sexta 19-06 fomos à Aldeia Guarani Tenonde Porã, convidados pela Jerá e pelo Jurandir para participar de uma festa. Tratava-se de uma cerimônia para homenagear os mais velhos das aldeias Guarani. Fomos direto pra Casa de Reza( Opy ). Todos já estavam acomodados,fumando seu cachimbo, a fogueira acesa, as crianças por ali, as mulheres espalhadas pelo chão, perto do fogo e alguns Juruás ( não índios). Os Guarani têm um tempo diferente do nosso, eles falam baixo e calmamente. Cada velho índio teve sua vez de falar, passar seus ensinamentos, rezar, agradecer aos deuses e aos seus ancentrais. Os jovens e as crianças ouviam atentamente e com respeito. As crianças são incrivelmente carinhosas, vão se chegando, nos abraçando, colocando suas pequeninas mãos dentre as nossas. Eles respeitam a cerimônia mas não deixam de ser crianças, continuam falando umas com as outras e os adultos as permitem ser assim.
Depois de muita reza e muita reverência vieram as danças com o cântico das crianças. A princípio a dança é lenta, de passinhos miudos, mas aos poucos vai se tornando forte, com rítmo e sem pausa. A gente sente o chão tremer, todos pulam e cantam num rítmo único como num transe. Os Juruás mal conseguiam acompanhar os passos e a frequência da dança. ´
Depois das danças veio a comida. Uma espécie de pão frito, feito de trigo, sal e água, pinhão cozido, amendoim, café e mingau de mandioca. Todos esperam sentados para serem servidos, com calma , sem ganância, com elegância.
Saímos de lá às 3hs da manhã. Me senti honrada e literalmente abençoada por estar naquele lugar, com aquelas pessoas que mantêm as tradições e a língua, que param um dia pra homenagear seus velhos e ouvir suas histórias.
Obrigada mais uma vez à Jerá e Jurandir.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

BOLO DE LARANJA

Faz tempo que não ponho aqui uma receita. Esta é muito fácil e fica muito gostoso. Fiz este fim de semana pra levar pra casa do meu pai. Meu irmão Hélio é um comelão de primeira e adora este bolo ( e todos os outros ).




BOLO DE LARANJA

2 XÍCARAS DE FARINHA DE TRIGO
3 OVOS
2 XÍCARS DE AÇUCAR
2 COLHERES DE MARGARINA
1 COLHER,DAS DE SOPA, DE FERMENTO
1 COPO DE SUCO DE LARANJA

Bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas com a margarina e o açucar até ficar bem clarinho.Acrescente a farinha de trigo e o suco de laranja e bata mais um pouco.
Coloque o fermento e as claras em neve e mexa com uma colher.
Coloque a massa numa forma de buraco untada com margarina e com farinha polvilhada.
Leve ao forno médio, pré aquecido.
Quando tirar do forno passe uma faca em volta para soltá-la mais facilmente. Desenforme e regue com suco de 2 laranjas com um pouco de açucar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

MULHERES

Estive no dia 27-05 no Barzinho Cultural, no Centro Cultural Monte Azul, num debatepapo com Carla Prates, Fabiana Teixeira e algumas outras pessoas sobre o tema: "A construção dos estereótipos da mulher na mídia e a construção dos mitos".É impressionante ver a forma como as mulheres são usadas na mídia para vender qualquer tipo de produto, desde sabonete até cerveja. Sempre sendo inferiorizada, diminuida e humilhada de todas as formas. Há ainda quem pense que a situação da mulher no mercado de trabalho de hoje é melhor que a dos homens, quando na verdade só algumas conquistas foram feitas e ainda há muito o que melhorar.De que adianta a mulher conquistar o direito de ficar com seu filho, logo após o nascimento , pelo período de seis meses, se a maioria das empresas, quando precisa de um funcionário pensa mil vezes antes de contratar uma mulher, já prevendo " futuras perdas". Ainda por cima, as que voltam depois dos seis meses, são deixadas de escanteio, como se seu trabalho não tivesse mais o mesmo valor.Enfim, o papo foi muito interessante, mas ainda há muito o que se falar sobre o tema e a maioria saiu de lá querendo mais.Aproveito para deixar aqui um pequeno fragmento de uma entrevista com Lélia Gonzales, ativista negra :

" A questão da sexualidade tem que ser discutida num nível mais amplo e não no nível do orgasmo, pura e simplesmente. Estou propondo um orgasmo muito maior, um prazer e uma felicidade muito maiores(...] Precisamos assumir uma posição mais equilibrada em termos dessa relação homem/mulher, porque eu não sou mulher sozinha, eu sou mulher com o homem, senão a gente dança. E esses valores da cultura africana estão lá esquecidos no inconsciente da gente e têm muito a contribuir no sentido do equilíbrio da relação homem/mulher... ( 1990 )

Lélia Gonzales

quarta-feira, 26 de maio de 2010

RAÍZES

Uma árvore da Casa das Rosas- SP


MINHAS RAÍZES


Fernando, meu pai ( Seu Zé) , eu, Hélio e Regina

Fernando, Regina, eu, Hélio, minha mãe ( Augusta) e Naiana

domingo, 16 de maio de 2010

VIRADA CULTURAL

Hoje assisti a um dos melhores e mais emocionantes shows da minha vida, Cantoria com Geraldo Azevedo, Elomar, Vital Farias e Xangai. Foi lindo, foi emocionante, foi maravilhoso vê-los cantando juntos depois de tantos anos. Agradeço imensamente ao meu amigo Gil que me emprestou uma credencial pra eu assistir bem de pertinho. Estou ainda em estado de êxtase.

Um vídeo em homenagem aos quatro. Meus queridos amigos, Irmãos Ribeiro.





Geraldo Azevedo, Elomar, Vital Farias e Xangai. Momentos inesquecíveis


Grupo Abba, muito divertido relembrar estas músicas.


Peu e Luca

Micheli, Gil e Gunnar